Tuesday, February 20, 2007

Não Pense!

Não sei, não sei. Ás vezes surpreendo-me comigo mesmo. Não sei, é que não sei mesmo. A ilusão com a qual vivo intensamente dia a dia é algo tão irreal que nem sei como descrever tal coisa. É que não sei mesmo. A angústia, a frieza, o aperto no coração. Sentimentos que, á primeira vista, nada têm em comum, podem ser seriamente interligados de forma a representar a ilusão em que vivo. Não sei, é que não sei mesmo.
Por vezes, ou sendo mais preciso, praticamente sempre, dou por mim na pura imaginação da ilusão, e vivo-a intensamente até ao último momento, em que volto á realidade, e dou por mim naquilo que considero ser a maior estupidez de sempre, o sonho. Estupidez sim, mas só enquanto na realidade estou. Não sei, é que não sei mesmo.
Um suspiro atrás do outro. Será que alguém valerá tanta respiração? Não sei, é que não sei mesmo. Penso que o meu mal é, sem dúvida, tanto pensar.
São várias, umas três ou quatro. Como posso ter ciúmes de uma pessoa que não conheço? Sim, expliquem-me que eu não entendo! O “velho Homem”costumava dizer que “Há remédio para tudo, menos para a morte”. Não concordo. E não concordo, simplesmente, pelo facto de existirem determinadas matérias para as quais não existe uma solução, ou para ser mais exacto, existe com um número infinito de limitações. Não sei, é que não sei mesmo.
Só há uma regra que não tem excepção. É ela própria, ou seja, a regra que nos diz que todas as regras têm excepção, já que se todas as regras a têm, a regra que a confirma é universal. A regra é algo no qual me baseio em decisões inter-subjectivas relativas á vida humana. Um gosto incompreensível pelo sofrimento, tenho. A pequena maioria também o tem, passo o oximoro. Não sei, é que não sei mesmo. Por aqui me fico, com o sumo da laranja, uma vez que a não posso ter inteira!

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